
Nesta terça-feira (11), a marca de moda Zara comentou o boicote que estava sofrendo, devido à última campanha publicitária que foi publicada no Instagram. Nela, estátuas estão envoltas em panos brancos, imagem que acabou sendo associada a cadáveres em mortalhas brancas em Gaza. A peça publicitária foi retirada do ar.
Após a “#BoycottZara" e manifestantes pró-palestina irem às lojas da marca de moda protestarem, a empresa fez um pronunciamento dizendo se tratar de um “mal-entendido”. Segundo a empresa, a campanha, que também contava com manequins sem membros, teria sido concebida em julho e fotografada em setembro, cerca de um mês antes do primeiro ataque que deu início ao conflito armado entre o Hamas e Israel.
“Infelizmente, alguns clientes sentiram-se ofendidos com estas imagens, que agora foram removidas, e viram nelas algo longe do que se pretendia quando foram criadas”, afirmou a empresa em um comunicado publicado no Instagram.
Eles ainda afirmam que as imagens tinham o propósito de apresentar as peças de roupas que estavam sendo lançadas pela marca, que são “peças de vestuário artesanais num contexto artístico”. “A Zara lamenta esse mal-entendido e reafirmamos o nosso profundo respeito por todos”, finalizam.
Os manifestantes se reuniram em frente a lojas da Zara na última segunda-feira (11), cantando e agitando bandeiras da Palestina. Algumas vitrines foram manchadas com tinta vermelha.
Segundo a Autoridade de Padrões de Publicidade da Grã-Bretanha, 110 reclamações foram feitas contra a campanha da Zara, dizendo que as imagens faziam referências à guerra em Gaza. “Como a Zara removeu o anúncio, não tomaremos nenhuma ação adicional”, disse a ASA em comunicado veiculado pela Reuters.
Nomeada como “Atelier”, a campanha continha seis postagens no feed da marca. Todas elas foram retiradas do ar, segundo informou a controladora Inditex (ITX.MC). As fotos que estavam no site e aplicativos da marca também foram deletadas.