Fernando Haddad
Valter Campanato/Agência Brasil - 08/08/2023
Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (21) que 2,2 milhões de brasileiros negociaram dívidas no programa  Desenrola Brasil na plataforma disponibilizada pelo governo federal, que dá descontos em uma série de dívidas, bancárias e não bancárias. A declaração foi dada ao lado do presidente Lula, em uma live na manhã de hoje.

"Temos 2,2 milhões de brasileiros que conseguiram negociar na Plataforma. No total são 7 milhões (considerando outras fases)", diz Haddad.

A equipe econômica crê que o programa possa limpar o nome de até 32 milhões de pessoas, impulsionando o comércio novamente.

As regras do programa preveem que pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) possam renegociar os débitos de até R$ 20 mil.

Nesta quarta, o governo irá implantar o "Dia D" da renegociação, que contará com mutirões do Desenrola, por meio de parcerias com bancos e credores. 

Os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências no dia 22, de acordo com as próprias políticas internas.

A plataforma do Desenrola está no ar desde outubro. No total, 654 empresas com dívidas a receber ofertaram na última semana de setembro descontos variados. A média geral foi de 83% na redução do valor dos débitos. 

Os descontos, no entanto, chegam a até 96% do valor original da dívida, como no caso de faturas de cartão de crédito.

Na live, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Desenrola permite que pessoas possam mudar o perfil das dívidas de "forma responsável" e brincou que a equipe da Fazenda poderia ser indicada para o Prêmio Nobel de Economia pela criação do programa.

"Se esse plano der o resultado que estamos pensando, vamos indicar a equipe para o prêmio Nobel da economia. Nós resolvemos um problema crucial da sociedade. Na hora que você liberta um cara de uma dívida, você está dando para ele liberdade até para que ele se endivide outra vez. Mas que ele se endivida com responsabilidade", declarou o presidente.

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