Na manhã desta quarta-feira (1º), ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília, um seminário sobre a Reforma Administrativa no Brasil. O evento foi produzido pela Frente Parlamentar de Empreendedorismo e uma coalizão de 23 frentes parlamentares de diversos setores econômicos, com o apoio do Instituto Unidos Brasil e da FecomercioSP.
Diversos deputados estiveram presentes no evento, que foi transmitido pela TV Câmara. Além dos parlamentares, mais de 350 empresários participaram do encontro.
Em conversa com Paulo Leal, vice-presidente executivo do iG, o empresário Jorge Gerdau afirmou que o Brasil é "atrasado" nessa área, classificou o debate sobre reformas como "extremamente importante". "Tem que se modernizar o país, mas tem que se ajustar aos propósitos operacionais de políticas globais", resumiu.
O pedido de reforma é justificado, entre outras coisas, como um jeito de fazer com que país não gaste mais do que arrecada. Uma das premissas da Frete Parlamentar é o corte de 0,5% do orçamento nacional para 2024. Isso representa R$ 20 bilhões em investimentos no setor, como na própria iniciativa privada e nas indústrias, sendo revertido para a geração de serviços à população brasileira.
O empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, defendeu os ajustes como uma forma de encontrar o tamanho ideal do Estado que queremos. “Não fazem sentido as outras reformas sem essa reforma global. A carruagem estatal ficou maior que a sua força de tração. A força de tração é sua economia, capital e trabalho, e a carruagem estatal é o tamanho do Estado. Quanto menor o Estado em relação a sua força de tração, mais célere será essa carruagem e mais próspero será esse país”, disse.
“Queremos privilegiar os bons servidores, qualificar o gasto público. Queremos que os servidores sejam ouvidos e respeitados para que a gente possa fazer uma reforma justa não só para o servidor, mas para o pagador de imposto”, disse o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da Frente Parlamentar pelo Empreendedorismo.
"Já vamos para R$ 93 bilhões de aumento de custo da máquina pública. É um absurdo completo e precisamos equilibrar as contas do Estado”, disse deputado federal, Pedro Lupion (PP-PR), presidente da frente da Agropecuária.
"Queremos que a reforma motive os funcionários, potencialize e produza bons frutos no serviço público", disse o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da frente do Brasil Competitivo.