Teletrabalho, home office ou trabalho remoto
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 09/07/2020
Teletrabalho, home office ou trabalho remoto

A renda média dos  brasileiros que trabalham de forma remota pelo menos uma vez por semana é 2,7 vezes maior que a dos demais trabalhadores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022.

De acordo com o estudo inédito do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses trabalhadores receberam, em média, R$ 6.479 por mês, enquanto a renda dos demais era de R$ 2.398 — uma diferença de R$ 4.081.

Conforme o IBGE, é considerado teletrabalho  quando se trabalha de um local diferente do convencional — como em casa, um café ou um coworking, por exemplo — pelo menos uma vez por semana. Para entrar nessa classificação, as pessoas também devem usar algum tipo de dispositivo eletrônico em sua rotina de trabalho, como o compulador ou o celular.

Os dados mostram que o lucro de quem realizou  teletrabalho foi maior na região Centro-Oeste, que marcou R$ 7.255, e menor na Nordeste, que obteve R$ 4.820. O estudo aponta, porém, que as pessoas que trabalham nessa modalidade tiveram rendimento médio maior do que aqueles que trabalham de forma padrão.

A análise ainda mostra uma correlação entre o teletrabalho e o grau de instrução. Em 2022, quase 69,1% das pessoas que trabalharam de forma remota tinham ensino superior completo, enquanto 26,8% tinham ensino médio completo ou incompleto.

Juntos, os grupos correspondem a 95% dos cerca de 7,3 milhões de teletrabalhadores no país. Os demais tinham ensino fundamental completo e médio incompleto (2,4%), ou não tinham instrução ou tinham ensino fundamental incompleto (1,7%).

Outro índice a ser levado em consideração são as pessoas que têm computador e internet em casa. Quase metade dos domicílios totais (49,6%) tinham acesso a ambos, mas, entre os teletrabalhadores, a proporção era de 91,2%.

Segundo os dados, menos de 9% das pessoas que faziam  teletrabalho em casa não tinham computador ou acesso à internet.

Quase todos os  teletrabalhadores (99,8%) tinham acesso à internet em casa, independentemente de dispor ou não de computador.

A faixa etária também foi analisada. A taxa de teletrabalhadores é maior entre as pessoas entre 25 e 39 anos (49,6%) e entre 40 e 59 anos (35,4%), que formam, juntos, 85% dos teletrabalhadores. Os demais se dividem entre a faixa dos 18 a 24 anos (8,8%), 60 anos ou mais (6%) e 14 a 17 anos (0,2%).

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