A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (19) uma redução de 4,1% no preço médio da gasolina vendida às distribuidoras, que passará de R$ 2,93 para R$ 2,81. Enquanto isso, o preço do diesel terá um aumento de 6,6%, indo de R$ 3,80 para R$ 4,05. As novas tarifas entrarão em vigor a partir de sábado (21).
O preço do litro da gasolina será reduzido em R$ 0,12, representando uma queda de cerca de 4,1%, com o valor para as distribuidoras ficando em R$ 2,81. Considerando a composição da gasolina nos postos (73% gasolina e 27% etanol), a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,05 por litro.
Já o diesel terá um aumento de R$ 0,25 por litro, com o reajuste de 6,6%, elevando o preço para as distribuidoras para R$ 4,05. A parcela da Petrobras no preço final praticado nas bombas será de R$ 3,56 por litro, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel e 12% de biodiesel disponível nos postos.
As mudanças entrarão em vigor a partir de sábado (21). Os reajustes nos preços de revenda não implicam necessariamente em repasses imediatos para o consumidor, pois outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e revenda também influenciam os preços cobrados nos postos.
Nesta quarta-feira (18), Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, defendeu que a guerra no Oriente Médio pode ser uma "tempestade perfeita" que faria o preço dos combustíveis aumentarem.
"Do ponto de vista da indústria do petróleo, por enquanto, não houve alastramento, então a eventual ascensão do preço, que está acontecendo, é uma ascensão já estrutural de demanda e oferta", disse Prates ao participar de evento em comemoração aos 70 anos da Petrobras na Câmara dos Deputados.
A estratégia comercial da estatal tem se mostrado positiva ao tornar a empresa competitiva no mercado e evitar repasses imediatos de volatilidade para o consumidor.
Ao longo deste ano, mesmo com o preço do petróleo mais alto em comparação com o ano passado, os preços dos produtos acumulam quedas. "A companhia reitera que, na formação de seus preços, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio", declara em nota.