Jean Paul Prates
Agência Senado
Jean Paul Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quarta-feira (18) que a guerra entre Israel e o grupo armado palestino Hamas pode ser uma "tempestade perfeita" que faria o preço dos combustíveis aumentarem. Ele, no entanto, não acredita na possibilidade de áreas de produção e escoamento de petróleo serem afetadas pelo conflito. 

"Até agora você não está em um território onde você tem instalações de produção ou escoamento, como na Ucrânia, ou como foi no Kuwait. Do ponto de vista da indústria do petróleo, por enquanto, não houve alastramento, então a eventual ascensão do preço, que está acontecendo é uma ascensão já estrutural de demanda e oferta", disse Prates ao participar de evento em comemoração aos 70 anos da Petrobras na Câmara dos Deputados.

Além de Israel e Hamas, também estão em guerra grandes produtores da commoditie, como Rússia e Ucrânia, e Arábia Saudita e Iêmen.

Segundo Prates, a recente elevação nos preços não se deve às guerras e sim a choques de demanda. 

"Nós achamos que os espasmos que nós tivemos de preço são característicos de conflitos, como quando o Iraque invadiu o Kuwait. Normalmente você tem dois ou três dias de espasmos de preço, depois ele volta. Como ele já estava em ascensão, continuamos acompanhando."

Mais cedo, o presidente se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin no Palácio do Planalto e afirmou que o alastramento do conflito se somaria a um cenário de preços que já estão elevados.

"O preço já está afetado, piorar mais (a guerra) é a tempestade perfeita. O preço subiu porque várias circunstâncias levaram a isso."

O presidente da estatal também voltou a demonstrar interesse em explorar petróleo na Margem Equatorial, na Foz do Rio Amazonas.

"Vamos muito em breve furar margem equatorial, começando pela bacia potiguar e avançando para o Amapá, fazendo o poço na bacia sedimentar da Foz do Amazonas."


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