O mercado de saudabilidade vem crescendo no mundo e no Brasil não seria diferente. Nos últimos anos, a procura por alimentos saudáveis aumentou no país, mas ainda há setores que "carentes", como o infantil.
Passar em redes de supermercado e encontrar alimentos saudáveis para crianças é passou a ser a tarefa mais complicada para o economista Daniel Goldstein. Ao perceber a falta de produtos para o seguimento, o empresário resolveu criar a Nhami Mami, que vende snaks para crianças.
Pai de gêmeos, Daniel percebeu que os Estados Unidos investiam no público infantil e mirou na vida saudável para conseguir emplacar os sancks com apelo saudável para momentos que pedem lanches rápidos.
“Ao pesquisar no mercado brasileiro, só encontrei a tradicional papinha e a fórmula infantil. Só existiam snacks para adultos”, comenta Goldstein.
O conceito chegou para o Brasil em 2019 e já faturou cerca de R$ 2 milhões com a ideia. A expectativa é que a empresa cresça para outros ramos nos próximos anos.
“A ideia de iniciar com a linha puffs foi pelo fato de ser um produto categorizado nos EUA. Com o suporte de uma nutricionista e uma engenheira de alimentos, usei a base dos alimentos que conheci no exterior e adaptei os sabores e vitaminas às necessidades da criança brasileira. Fiz várias rodadas de testes cegos com as crianças, observando suas reações, se gostavam ou rejeitavam”, conta.
“Os testes também foram importantes para definirmos o tamanho das embalagens e formato dos snacks, para que fossem atrativos e facilmente manuseados pelos pequenos”, completa.
Na visão de Daniel, a chega do produto no mercado atende uma demanda de pais que passaram da dar maior atenção à saúde dos filhos. Nos últimos anos, famílias tem procurado produtos naturais para evitar o consumo de embutidos e problemas como colesterol e diabetes nas crianças. Os produtos não possuem aditivos artificiais, já que os aromas e temperos utilizados também são naturais, e ainda contam com a adição de vitaminas e minerais.
“Eles foram feitos para os pais que buscam por praticidade, mas querem aliá-la à saúde e bem-estar de seus filhos e não abrem mão do sabor. Entregamos uma experiência deliciosa de texturas, aromas, formatos e sabores, que são variados e não enjoam, pois são docinhos, sem adição de açúcar, e salgados na medida certa”, comenta Goldstein.
“Também é uma forma de introduzir na dieta da criança alimentos que ela não consome com tanta facilidade, como os legumes. Muitos nutricionistas e pediatras indicam nossos alimentos como introdução alimentar para crianças que não comem vegetais”, completa. Toda a linha é indicada para crianças que já iniciaram a mastigação.
Para 2023, Goldstein prevê um ganho de R$ 6 milhões, além de encerrar o ano em cerca de seis mil pontos de vendas.
“Ainda estamos planejando o lançamento de outros dois sabores de puffs e de um produto para crianças acima de sete anos”, finaliza.