Lula durante 15ª Cúpula de chefes de Estado dos Brics
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Lula durante 15ª Cúpula de chefes de Estado dos Brics

Os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, países que compõem os Brics, começarão a estudar formalmente a adoção de moedas locais nas transações comerciais realizadas entre países do bloco, de acordo com anúncio feito nesta quinta-feira (24), durante a 15ª Cúpula de chefes de Estado dos Brics, na África do Sul.

Os estudos e discussões devem ser apresentados na próxima reunião de líderes dos Brics, em outubro de 2024, na Rússia. O uso de uma moeda comum para transações entre membros do bloco, reduzindo a dependência do dólar,  vem sendo defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quinta-feira, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou que os países vão estudar se é possível usar as moedas locais nacionais para as transações comerciais. Além disso, será avaliada a possibilidade de adotar novos arranjos financeiros ou meios de pagamento alternativos.

"Estamos prontos para explorar oportunidades e melhorar a responsabilidade e a justeza da arquitetura financeira global", disse Ramaphosa.

Lula comemorou a decisão, e disse que deixar de usar o dólar nas transações entre países dos Brics "vai aumentar as opções de pagmento e reduzir nossas vulnerabilidades".

Expansão dos Brics

Nesta quinta-feira, os  Brics também anunciaram a ampliação do bloco a mais seis países. Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos foram convidados a se tornarem membros dos Brics.

A Argentina, parceira comercial do Brasil, era um dos países com os quais Lula já defendia a adoção de uma moeda comum. "Continuaremos avançando lado a lado com nossos irmãos argentinos em mais um foro internacional", disse Lula, que se referiu ao presidente argentino, Alberto Fernández, como um "grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento".

"Muitos alegavam que os Brics seriam demasiado diferentes para forjar uma visão comum. A experiência, contudo, demonstra o contrário. Nossa diversidade fortalece a luta por uma nova ordem, que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século XXI", afirmou Lula.

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