Alexandre Silveira
Reprodução/TV Senado - 06.12.2022
Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira , disse nesta sexta-feira (4) que a Petrobras está praticando preço dos combustíveis "no limite" e que se o barril de petróleo oscilar para cima a empresa será obrigada a repassar o aumento para o consumidor. 

"Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que, se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados", disse Alexandre Silveira em entrevista à GloboNews.

Silveira ressaltou ainda que não haverá nenhuma irresponsabilidade do governo com a política de preços da Petrobras, que abandonou neste ano a prática de preço de paridade de importação (PPI).

Segundo o ministro, representantes a Petrobras informaram da situação ao o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda-feira (31).

"É claro que se houver oscilação para cima, a Petrobras terá responsabilidade com esses investidores, com a empresa, com a necessidade de seus reinvestimentos para modernizar a empresa, os repasses serão feitos. Por isso, eu quero tranquilizar os investidores", afirmou.

A empresa abandonou, em maio, o PPI, com isso, os preços praticados pela estatal se descolaram do mercado externo. Logo no primeiro mês, os preços ficaram 5% abaixo dos de importação.

Mas, nas últimas semanas, o valor da gasolina da Petrobras está pelo menos 10% abaixo do preço praticado pelos importadores.

Mesmo assim, Silveira disse estar "orgulhoso" da nova diretriz da estatal. Segundo ele, o modelo anterior era "extorsão". O ministro reforçou, porém,  que "ainda não há prejuízo".

"A política de preços da Petrobras mudou, porque nós temos que ter menor custo Brasil, nós temos que chega com a gasolina e o diesel na bomba para atender todos os brasileiros de forma responsável", disse.

"O lucro de 34 bilhões anunciado agora são lucros de mercado internacional. O que não era admissível era que uma empresa que valia R$ 300 bilhões na bolsa tinha lucro de R$ 180 bilhões por ano sendo dividido a seus acionistas", continuou.

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