A inflação oficial do mês de maio ficou em 0,23%, 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,61% registrada em abril. Com isso, o acumulado de 12 meses está em 3,94%, menor patamar desde outubro de 2020.
A desaceleração da inflação foi influenciada pelo setor de Transporte, principalmente pela redução no preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).
A desaceleração da economia provocada pelas medidas de isolamento social fizeram com que o preço da maioria dos itens fosse reduzido.
Maio foi o terceiro mês seguido de desaceleração. Em abril, o IPCA havia subido 0,61%, após alta de 0,71% em março e 0,84% em fevereiro.
A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio, explica André Almeida, analista da pesquisa. “Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”.
A meta de inflação para este ano é de 3,35%, podendo variar entre 1,75% e 4,75%, segundo o definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A taxa básica de juros da economia está em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016. Com a desaceleração da inflação, o juro real brasileiro, ou seja, descontado o IPCA, é de 9,4%, maior índice do mundo.