Aluguel, mercado, conta de luz e água, educação dos filhos e mais alguns boletos. Quando chega ao fim do mês, fica difícil sobrar dinheiro para guardar para uma emergência ou para realizar um sonho.
Com planejamento e determinação, porém, especialistas afirmam que é possível fazer o dinheiro sobrar no fim do mês. A seguir, confira algumas dicas para alcançar esse objetivo.
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Coloque tudo na ponta do lápis
O especialista em finanças pessoais João Victorino diz que a primeira e principal dica para organizar as finanças é anotar tudo. "Essa é a primeira coisa: tem que ter a vida organizada formalmente. Nem precisa ser sofisticado, pode ser um caderno mesmo", orienta.
Nessas anotações, é importante que a família liste as despesas e as receitas. Nas despesas, vai entrar tudo o que é gasto. Nas receitas, tudo o que se recebe: soma dos salários dos membros da casa e outras fontes de renda, como aposentadoria ou renda de aluguel.
João explica que essa organização ajuda a família a entender onde ela está gastando mais, além de ter mais clareza de quanto eventualmente está sendo extrapolado no orçamento mensal. "Às vezes a gente olha e fica assustado: 'Puxa vida, estourei R$ 1.000, estourei R$ 2.000'. Só esse choque já nos ajuda da próxima vez a gastar menos", comenta o especialista.
A educadora financeira Luciana Ikedo aponta que, nessas anotações, é importante separar as despesas em quatro categorias:
- Gastos essenciais fixos, como aluguel;
- Gastos essenciais variáveis, como a conta de energia, cujo preço varia ao longo do ano;
- Gastos não essenciais fixos, como assinatura de streaming ou TV a cabo;
- Gastos não essenciais variáveis, como despesas com roupas, restaurantes e delivery.
Ao analisar as categorias, a família consegue identificar no orçamento mensal quais gastos podem ser cortados para que sobre dinheiro no fim do mês.
Guarde antes, gaste depois
Se a pessoa ou família tem margem para economizar, ou seja, identificou que existem gastos que podem ser cortados, mas não tem disciplina para isso, a dica de Luciana é poupar primeiro e gastar depois.
Para isso, é possível escolher investimentos fixos automáticos com data pré-estabelecida no dia em que cai o salário na conta.
"Assim, você priorizará os investimentos antes de gastar. É muito comum as pessoas deixarem o recurso na conta para investir no final do mês e nunca sobra nada. Quando fazemos os investimentos no momento em que a receita entra, passamos a inverter a ordem", afirma a especialista.
Se a pessoa não está acostumada com investimentos, pode adotar o hábito de guardar uma parte do salário na poupança logo no dia em que ele cai na conta.
Se acostume a pesquisar preços
João afirma que uma dica simples mas que muita gente não segue é pesquisar preços. Isso vale para tudo, desde a compra de supermercado até a escolha de uma roupa ou eletrônico novo.
"Essa dica parece óbvia, mas não é todo mundo que faz. Normalmente, a gente vai pela conveniência, no supermercado que é mais perto", comenta o especialista. "Ao longo de um ano, você não faz ideia da diferença que isso faz", completa.