Segundo relatório da consultoria Jato, em 2017, o preço médio dos preços dos carros novos era de R$ 70.877. Houve um aumento de 4,8% para 2018 (R$ 74.313) e de mais 2,8% em 2019 (R$ 76.430). Com a pandemia, os preços decolaram. De 2020 a 2022, o aumento foi de 51,5%.
Com a desregulação das cadeias produtivas globais provocadas pela pandemia, começou a faltar peças cruciais para a produção dos veículos, entre os principais, estavam em falta os semicondutores, vitais para parte elétrica dos carros.
Com isso, vendedoras de outros países elevaram o preço da matéria-prima e, por consequência, as montadoras repassaram aos consumidores o aumento.
Nesse mesmo período, de 2022 a 2022, o dólar se manteve na casa dos R$ 5,20, considerado elevado para importação de produtos necessários para os veículos.
Além do câmbio, o preço dos fretes internacionais subiu muito, e continua elevado. Para completar, a Guerra entre Rússia e Ucrânia fez disparar o preço dos combustíveis. Como o principal modal de transporte no Brasil é o rodoviário, os custos também foram repassados.
Durante a pandemia, a taxa básica de juros, Selic, subiu de 2% para o atual patamar de 13,75%. Com isso, não só a indústria automotiva foi prejudicada, mas toda a indústria nacional.
Na virada de 2020 para 2021 o Fiat Mobi Easy de R$ 38.990 representava 35,45 salários de R$ 1.100. Esse valor escalou para 54,94 salários na última virada de ano: salário de R$ 1.212 contra o Renault Kwid Zen de R$ 65.590.