Presidente Lula conversa com diretora-gerente do FMI na reunião do G7
Ricardo Stuckert
Presidente Lula conversa com diretora-gerente do FMI na reunião do G7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (21), em coletiva após a reunião do G7, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo, que pediu à diretora do  Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, "tempo" e "compreensão" do órgão com a Argentina. O encontro ocorreu no sábado.

"A Argentina é o nosso principal parceiro comercial na América do Sul. Eu conversei com a diretora do FMI sobre a situação da Argentina e pedi que ela tivesse compreensão porque, depois da pandemia, a Argentina enfrentou uma seca. Vamos dar um tempo para a Argentina se recuperar", disse o presidente a jornalistas em Hiroshima, Japão, sede do evento. 

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Lula ressaltou ainda que o país vizinho é um dos principais parceiros comercias do Brasil e o maior dentro da América do Sul. 

Lula também criticou a dolarização da economia. Ele disse "sonhar" com a construção de uma moeda comum aos países que integram os BRICs. Além do Brasil, fazem parte do bloco Rússia, Índia, China e África do Sul.

Segundo ele, não é possível um país depender de uma moeda da qual não tem controle.

"Há muito tempo tenho dito que era pra gente criar condições para criar moedas entre os países. Não é possível ficar dependendo de dólar para fazer comércio exterior, dependendo de uma moeda que você não produz. O problema muitas vezes é que o pequeno empresário não confia na moeda do próprio país, então prefere vender em dólar. Eu sonho com a construção de várias moedas entre outros países que façam comércio, que os Brics tenham uma moeda. Como o euro", disse o presidente.

A Argentina enfrenta inflação superior a 100% em 12 meses, além de desvalorização da moeda e a maior seca desde 1929. Com isso, tem enfrentado dificuldade para pagar o empréstimo junto ao FMI.

Lula havia prometido ao presidente argentino, Alberto Fernández, que falaria com Georgieva sobre sua situação. Os presidentes se encontraram em maio, em Brasília, e Lula prometeu “conversar com o FMI para tirar a faca do pescoço da Argentina” e interceder pelo país em outros organismos internacionais, como o Banco dos Brics.


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