O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , pediu nesta quarta-feira (17) para que o Banco Central reduza os juros ois "é o melhor para o Brasil". A taxa básica de juros (Selic) está em 13,75% desde agosto de 2022, maior patamar desde 2016.
"Se você consultar vários especialistas e técnicos, imagina que há espaço para iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros. Não estamos questionando a autoridade monetária, do ponto de vista do seu poder. Estou ponderando o que é melhor para o Brasil. Com as medidas tomadas até aqui, sim, haveria espaço para um gesto de mais confiança na economia brasileira, sem que houvesse qualquer percalço na inflação", diz Haddad em audiência pública na Câmara, para “esclarecer a política econômica do governo federal”.
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Segundo o ministro, a escalada da Selic deve-se ao "descontrole" do governo anterior com as contas públicas.
Ele defendeu ainda que o governo está adotando medidas "saneadoras", dentre elas a recente decisão do STJ sobre incentivos fiscais dados por estados a empresas.
Haddad ressaltou que a estimativa de gastos com juros é da ordem R$ 740 bilhões e criticou isenção tributária ‘injustificada’, além de “confusão fiscal” no governo Bolsonaro.
Nesta quarta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu a alta da Selic ao comemorar a queda na inflação brasileira mais cedo do que em outros países emergentes.