Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, discursando
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - 05/04/2023
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, discursando

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , afirmou nesta quarta-feira (19) que a inflação deve voltar a crescer no segundo semestre, por estar resiliente, apesar da queda do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. 

O IPCA fechou março em alta de 0,71% e acumulado de 4,65% em 12 meses, o menor desde 2021.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

Segundo a agência Reuters, ele calcula que a inflação acumulada em 12 meses chegará a 3,5% em junho, mas retomará o crescimento. Ele se reuniu com investidores em Londres em vento organizado pelo European Economics & Financial Centre.

"Olhamos muitas coisas e cruzamos muitos dados. Mas a realidade é que a queda da inflação é mais lenta do que esperávamos, considerando o patamar da taxa real de juros no Brasil. O que nos diz que a batalha não foi vencida e temos que persistir", declarou.

O Boletim Focus, produzido por mais de cem economistas do mercado financeiro, vem elevando as expectativas de inflação para 2024 e 2025 em quase 1% desde dezembro. 

Os pontos que indicam a elevação dos preços, segundo Campos Neto, seriam o novo arcabouço fiscal e possível mudança da meta de inflação. 

"O índice bruto de inflação está 'poluído' pelas mudanças na tributação de gasolina, energia e gás. Quando olhamos para o cerne da inflação, está levemente abaixo dos 8%, o que é muito alto. [...] Quando falamos em expectativa, precisamos de 6 a 12 meses para amadurecer a tomada de decisão.", disse.

"O fato de a inflação projetada estar acima da meta é um sinal de alerta, de que precisamos olhar a questão mais de perto", completou.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!