O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que não conta com uma eventual saída do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto , e sim que el mesmo reduza a taxa básica de juros.
Campos Neto tem mandato até o final de 2024, segundo a lei de autonomia do BC, podendo ser renovado por mais quatro anos, o que ele mesmo já disse não desejar.
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Em entrevista a jornalistas na China, Haddad disse que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não cresce há dez anos. No momento, a "escassez" e aumento do custo do crédito estariam dificultando o desempenho econômico do país, segundo ele.
Segundo Fernando Haddad, o mercado de capitais está “travado” aguardando “as medidas da autoridade monetária”.
Ele disse ainda que "tudo está convergindo" para harmonização nas áreas fiscais e monetária, portanto, seria possível diminuir a Selic.
“Veja aí, os efeitos da queda da inflação, o câmbio, o real mais valorizado, as variáveis se estabilizando, a curva de juros futuro caindo, enfim, há sinais evidentes [para a queda dos juros]“, declarou.
A ala política do governo pressiona para que Campos Neto peça demissão do cargo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa indicar um nome de sua preferência.
Haddad não citou seus colegas de partido, mas disse que questiona a taxa de juros não “para ofender quem quer que seja” e, sim, que as pessoas falem “pelo bem do Brasil”. “É um direito de cada cidadão”, afirmou.
A taxa Selic está em 13,75%, maior patamar desde novembro de 2016, com isso, o Brasil é o país com o maior juro real do mundo.