Wellington Dias (PT)
Divulgação: PT - 02/10/2022
Wellington Dias (PT)

Em abril, o pente-fino do  Bolsa Família entra em uma nova fase, mirando os beneficiários que entraram na folha de pagamentos às vésperas das eleições presidenciais. O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou em entrevista à CNN Brasil que a pasta visa dar maior eficiência ao programa e apurar possível crime do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em março, o Ministério cortou 1,5 milhão de beneficiários por possuírem renda superior ao estipulado. São elegíveis ao Programa Bolsa Família as famílias inscritas no Cadastro Único em situação de pobreza, cuja renda familiar per capita mensal de até R$ 218,00.

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Bolsonaro teria inflado a base do programa sem o controle necessário, afirmou o ministro. Segundo ele, o processo seletivo foi substituído por um aplicativo que acelerou a entrada de beneficiários, mas sem o devido rigor para análise. 

Além da remoção dos usuários com inconsistências, o Ministério do Desenvolvimento Social irá enviar à Advocacia-geral da União os indícios de possíveis crimes eleitorais cometidos.

“O que se quer verificar é se houve troca de cartão do Auxílio Brasil por voto”, disse Dias.

Sobre os beneficiários que já perderam o acesso ao benefício assistencial, o ministro disse que a pasta irá abrir prazo para que os alvos da apuração possam dar explicações. “Será feito somente um bloqueio e, após a manifestação do beneficiário, haverá decisão sobre cancelar ou não o benefício”, disse.

Paralelamente, o MDS realizará uma busca ativa por potenciais aptos a receberem o programa. Em março, foram quase 700 mil novos beneficiários. Em abril, o ministro projeta que ao menos 300 mil pessoas serão autorizadas a receber. A ideia é que o benefício chegue a quem, de fato, precisa, afirma Dias.

O ministro diz ainda que quem tem direito não deve temer o recadastramento.

“Quem recebe o benefício e consegue um emprego formal ou um negócio, e alcança renda acima do requisito do Bolsa Família, deixa de receber a Bolsa, mas permanece no Cadastro Único e, caso perca o emprego ou caia a renda, volta para o Bolsa Família”, afirmou o ministro.


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