Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social
Reprodução TV CLUBE (23.12.2022)
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse nesta terça-feira (28) que o  novo Bolsa Família será lançado nesta quinta-feira (2). Entre as novidades, está o pagamento proporcional para famílias mais numerosas. 

"Na próxima quinta-feira, teremos aqui um momento especial com a apresentação do novo Bolsa Família", afirmou Wellington Dias durante a cerimônia que recriou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

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Dias confirmou que o pagamento do bolsa Família será maior para as famílias que tem filhos entre 7 e 18 anos, além dos R$ 150 adicionais para filhos de até 6 anos. Segundo ele, essa forma de distribuição do benefício é mais transparente e "mais justa". 

"Do programa vão constar o compromisso de R$ 600, o acréscimo de R$ 150 por criança. Terá uma regra que leva em conta per capita (por pessoa) a proporção, o tamanho de cada família para que a gente tenha mais justiça nessa transferência de renda".

O ministro não especificou quanto deve pagar a mais por filho. Segundo apuração do jornal Folha de São Paulo,  esse valor pode chegar a R$ 50.  Segundo o ministro Wellington Dias, os técnicos da pasta usaram o feriado de Carnaval para fazer simulações e calcular até quanto poderiam gastar.

Além disso, o governo deve adotar critérios mais rígidos para inclusão de famílias monoparentais no Cadastro Único para benefícios sociais. As famílias unipessoais dispararam dentro do CadÚnico  às vésperas das eleições presidenciais  e agora estão na mira do pente fino do Tribunal de Contas da União e do próprio ministério. 

A ideia é que o corte de beneficiários irregulares possa ajudar a liberar a verba necessária para pagar o acréscimo. Segundo o ministro Wellington Dias, a previsão é que 2,5 milhões de benefícios possam ser cortados.

Durante as gestões petistas, o Bolsa Família não tinha valor mínimo e variava conforme o tamanho da família, o que mudou na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que instituiu um valor mínimo a ser pago independente do tamanho da família. 

O governo também irá priorizar a inclusão de famílias com maior número de filhos no programa. O projeto deve contar com uma espécie de pontuação para categorizar quem mais precisa do benefício. 

Dias disse ao jornal O GLOBO que no novo Bolsa Família, outras informações vão constar no Cadastro Único (CadÚnico), como habitação, água potável, energia, internet, documentação, esporte, cultura e capacitação.

Ele também ressaltou que esse pagamento volta a ser atrelado à manutenção do calendário de vacinação das crianças atualizado e dever de frequentar a escola.

O governo vai extinguir o bônus para famílias com crianças e adolescentes que tiram boa notas e se destacam nos esportes, criado no Auxílio Brasil pelo governo de Jair Bolsonaro.

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