A Secretaria da Receita Federal informou nesta quinta-feira (23) que a arrecadação federal no mês de janeiro foi de R$ 251,7 bilhões, somando impostos, contribuições e demais receitas. O valor é 1,14% maior do que o arrecadado no mesmo período do ano passado e também é o maior patamar dos últimos 29 anos.
Segundo a Receita, houve arrecadação atípica de R$ 3 bilhões em Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) no mês, além de aumento de 58% na arrecadação do IRRF sobre rendimentos de capital por conta da elevada taxa Selic. Houve ainda elevação de 8,63% na receita da Previdência Social, para R$ 47,95 bilhões, devido ao aumento da massa salarial.
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Por outro lado, a isenção de PIS/Cofins sobre combustíveis gerou perdas de R$ 3,75 bilhões e a do Imposto Sobre Produtos Industrializados de R$ 1,9 bilhão.
É esperado que o imposto sobre combustíveis volte a vigorar em março para a gasolina e para o etanol. Já para o diesel e para o gás de cozinha a desoneração deve ser mantida até o fim do ano.
Segundo o orçamento de 2023, aprovado pelo Congresso Nacional em 2022, as contas do governo podem registrar um déficit primário (sem contar os juros da dívida pública) de até R$ 231,5 bilhões neste ano, ante superávit primário de R$ 54,1 bilhões no ano passado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera reduzir esse déficit e, para isso, anunciou um pacote de medidas , focado principalmente no aumento da arrecadação.