A Receita Federal informou nesta terça-feira (24) que a arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas foi de R$ 210 bilhões em dezembro, com isso, fechou o ano em novo recorde, totalizando R$ 2,21 trilhões.
Se corrigidos pela inflação, os valores somam R$ 2,25 trilhões, representando alta real de 8,18% na comparação com o ano de 2021 (R$ 2,08 trilhões). Em dezembro, a alta real foi de 8,4%.
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É o maior patamar atingido na sério histórica, registrada desde 1995.
O indicador positivo foi puxado pelo aumento de impostos sobre produtos básicos, como petróleo, minério e alimentos, afetados pela Guerra da Ucrânia. O aumento no preço desses produtos gerou maior receita para empresas, refletindo nos cofres públicos.
Além disso, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e da redução da taxa de desemprego também influenciou na arrecadação.
A taxa Selic, atualmente em 13,75% também alavancou a arrecadação do governo. Em 2022 o IRRF sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 97,1 bilhões, com alta real de 67,2%.
Por outro lado, a isenção de impostos federais sobre produtos industrializados e combustíveis reduziu em R$ 17,2 bilhões e R$ 25,85 bilhões o valor arrecadado pelo governo, respectivamente.
No ano passado, o Ministério da Economia projetou déficit de até R$ 170,5 bilhões. As receitas acima do esperado podem melhorar as contas públicas do governo deste ano.
Se confirmado, será interrompida uma trajetória de oito anos com as contas no vermelho.