O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (19) que irá "brigar" para garantir a isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês. Durante o encontro entre líderes sindicais, o petista também afirmou que "os ricos vão pagar mais".
Segundo a Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal (Unafisco), a tabela de isenção do Imposto de Renda está defasada em 148%. Entenda o por que Lula não cumpriu sua promessa de alterar a isenção do IR durante as primeiras semanas de mandato.
"Nesse país quem paga imposto de renda de verdade é quem tem holerite. O pobre que ganha hoje R$ 3 mil paga mais proporcionalmente em relação a quem ganha R$ 100 mil. Eu tenho uma briga com o economista do PT que diz 'Lula, se fizermos uma invenção de R$ 5 mil é metade da arrecadação do país'", disse.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
O presidente continuou, dizendo que será necessário uma discussão com o Congresso Nacional, além de uma organização da sociedade para aprovar a medida. "É preciso mobilização do povo brasileiro para mudar uma vez na vida a política tributária para colocar o pobre no orçamento da União e o rico no imposto de renda para ver se a gente arrecada o suficiente para fazer política social neste país", afirmou.
Salário Mínimo
O encontro contou com a participação do presidente, do ministro do Trabalho Luiz Marinho, sindicalistas e diretores de entidades trabalhistas. Durante o evento, Lula assinou um documento que garante a criação de um grupo de estudos para o aumento do salário mínimo.
Atualmente em R$ 1.302 , o governo atua para que a base salarial seja de R$ 1.320. No entanto, sindicatos apoiam o reajuste do salário mínimo para R$ 1.342, valor acima do previsto pela equipe do presidente.
O grupo de estudos terá 45 dias para apresentar uma nova proposta de política de valorização do salário mínimo. O prazo pode ser prorrogado em até 90 dias, caso necessário.