Centrais sindicais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúnem nesta segunda-feira (16) para debater o reajuste do salário mínimo deste ano. A ideia é criar uma mesa de debates para o aumento da base salarial dos próximos anos.
Em sua campanha eleitoral, Lula prometeu o reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320. Essa seria a primeira vez com aumento real na base salarial em cinco anos.
Entretanto, o Ministério da Fazenda encontrou inconsistências nas contas da União e precisará de ao menos R$ 2 bilhões a mais para garantir o reajuste neste ano. O próprio ministro Fernando Haddad evitou garantir o reajuste nos primeiros meses de 2023.
No encontro, sindicatos devem sugerir ao Planalto um reajuste salarial para R$ 1.342, R$ 22 a mais que o planejado. O governo tentará mostrar que os cofres estão inchados e que, por isso, não há condições de fornecer um reajuste maior.
Além das centrais sindicais e de Lula, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também participará do encontro. Ele deverá intermediar mais um encontro para quinta-feira (19) para negociar a criação de uma Mesa de Debates sobre questões trabalhistas.
Além de reajuste salarial, o grupo também debaterá acordos coletivos e a valorização da negociação coletiva. A ideia é manter o grupo nos quatro anos da gestão petista.
As centrais sindicais devem se manter em Brasília no decorrer da semana para outras reuniões ministeriais. O grupo ainda vai se reunir com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.