O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta quarta-feira (11) que os R$ 150 adicionais por filho de até seis anos será pago nos vencimentos do Bolsa Família de março. Isso porque, segundo ele, é necessário atualizar o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), usado para identificar famílias de baixa renda aptas a receber o benefício.
O pente-fino deve ser realizado nos beneficiários até fevereiro, para comprovar quem de fato tem direito ao programa assistencial.
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"Vamos agora em fevereiro ter condições de apresentar uma proposta para o novo Bolsa Família, já integrado com os municípios", afirmou o ministro.
O ministro reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anunciou que existem 10 milhões de famílias com indícios de irregularidades no CadÚnico. Desse total, 6 milhões são famílias unipessoais, ou seja, compostas por apenas um membro, de acordo com o ministro.
As famílias monoparentais dispararam na véspera das eleições, quando mais de 2 milhões de famílias foram incluídas às pressas na folha de pagamentos do programa, quando ainda se chamava Auxílio Brasil.
"De um lado, a entrada de quem está fora e tem direito e, do outro lado, a saída de quem estiver irregular", disse.
Dias também disse acreditar que mais famílias deixem de ganhar os R$ 600 por conta de irregularidades, do que entrem no programa por mérito, com isso, haveria redução no gasto total com o programam assistencial.
"Houve um crescimento de família unipessoal fora de qualquer proposta. Então, tem um indício aí de irregularidade. E o recadastramento com certeza vai nos dar a segurança para quem tiver irregular sair", afirmou. "O cartão a gente libera em fevereiro para o pagamento em março já atualizado com os R$ 150", acrescentou Dias.
A reunião também teve como foco a retirada do país do Mapa da Fome e da Insegurança Alimentar.