O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta segunda-feira (2) que irá realizar um pente-fino entre os beneficiários do Bolsa Família. Ele, no entanto, não deu prazo para começar a averiguação.
"Vamos fazer uma revisão. Qualquer número é chute", afirmou ao sair da cerimônia de posse de Fernando Haddad no ministério da Fazenda.
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Dias também afirmou ainda não ser possível estimar quantas pessoas seriam excluídas do programa, mas prometeu trabalhar com o IBGE para revisar a população inscrita no benefício.
"Vamos trabalhar uma espécie de censo especial para o cadastro", afirmou. "Tem gente ilegalmente dentro e tem quem tem direito está fora", completou.
Esta seria a razão de ainda não haver uma estimativa de quanto o Bolsa Família vai custar anualmente.
A partir de janeiro o programa de transferência de renda criado no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substitui o Auxílio Brasil.
Inicialmente, o Bolsa Família continuará atendendo as 21,6 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único com direito ao Auxílio Brasil, mas o governo eleito promete realizar um pente-fino para rever injustiças do programa. A revisão de cadastros vai mirar 4,9 milhões de beneficiários que declaram morar sozinhos.
Esse grupo representa 22,7% do total de beneficiários. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), a inclusão às pressas de novas famílias antes das eleições fez com que muitos recebessem o dinheiro sem passar pela checagem dos critérios necessários. Em julho, 18,13 milhões de famílias recebiam o benefício. Esse total saltou para 21,53 milhões em novembro deste ano.
Essas pessoas serão convocadas a comparecer presencialmente nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e comprovar a situação de família unipessoal.