O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (2) o primeiro relatório Focus do ano de 2023
, que aponta pessimismo do mercado com relação aos índices de inflação, resultando em uma taxa básica de juros (Selic) ainda mais elevada.
A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 5,23% para 5,31% em 2023. Para 2022, a expectativa teve leve queda, de 5,64% para 5,62%.
A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Caso a previsão do mercado se concretize, será o terceiro ano consecutivo com estouro do teto da meta.
Já em 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
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Para controlar a inflação, o Banco Central tem como principal arma a taxa Selic, que regula os juros do mercado. O mercado elevou de 12% para 12,25% a expectativa da Selic no fim de 2023.
Já para o PIB (Produto Interno Bruto), o relatório mostrou um tímido otimismo, subindo a previsão de alta de 0,79% para 0,80% em 2023. Para 2022, a projeção permaneceu estável em 3,04%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
A taxa de câmbio, por sua vez, deve permanecer estável em R$ 5,25 em 2022 e R$ 5,27 em 2023.
Boletim Focus é uma publicação online, divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central que compila as expectativas de mais de cem economistas do mercado.