O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, fechou 2022 com alta de 5,45%, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (29).
No mês de dezembro, a variação foi de 0,45%, após queda de 0,56% em novembro. A alta foi puxada, sobretudo, pelo preço dos alimentos, que fazem parte do cálculo.
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"A última edição do IGP-M de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor. No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)", diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Em 2021, o ano foi encerrado com IGP-M em 17,78%, mais de 12 pontos percentuais a mais do que o índice deste ano. Desde 2020, o IGP-M vinha subindo acima da inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), lógica que foi revertida neste ano. De acordo com a prévia da inflação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano se encerrará com taxa de 5,90%, acima dos 5,45% do IGP-M.
O IGP-M é o índice usado para reajustar contratos de locação de imóveis, e leva em consideração a variação dos preços ao consumidor e o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.