A volta dos tributos federais aos combustíveis pode elevar o valor da gasolina para os consumidores em R$ 0,69 por litro, de acordo com cálculos Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Nesta terça-feira (27), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu para que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não prorrogue a isenção do PIS e Cofins sobre os combustíveis. Os impostos foram zerados até o final deste ano, como medida para frear a escalada do preço do diesel e da gasolina.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
Às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs uma prorrogação da isenção dos impostos por mais 30 dias, até o final de janeiro. É esta a medida que Haddad pediu que não fosse editada pelo governo federal.
Além do aumento no preço da gasolina, o CBIE estima que a volta dos impostos aumentaria em R$ 0,26 o litro do etanol e em R$ 0,33 o litro do diesel.
De acordo com Haddad, é necessário mais tempo para avaliar o impacto da isenção nos cofres públicos. "Qual é a urgência de tomar medidas a três dias da posse? Sobretudo em temas que podem ser decididos sem atropelo, para que tenhamos a sobriedade de fazer cálculo de impactos, verificar trajetória do que esperamos das contas públicas ao longos dos últimos anos", avaliou o futuro ministro, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.