Haddad pede que Bolsonaro não prorrogue isenção sobre combustíveis

PIS e Cofins estão zerados sobre os combustíveis até o final deste ano, e equipe de Guedes queria ampliar isenção por mais um mês

Haddad pede que isenção de impostos sobre combustíveis não seja prorrogada
Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Haddad pede que isenção de impostos sobre combustíveis não seja prorrogada

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não prorrogue a isenção de impostos federais sobre combustíveis, solicitação que teria sido acatada.

"Qual é a urgência de tomar medidas a três dias da posse? Sobretudo em temas que podem ser decididos sem atropelo, para que tenhamos a sobriedade de fazer cálculo de impactos, verificar trajetória do que esperamos das contas públicas ao longos dos últimos anos", avaliou Haddad, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (27).

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Os impostos PIS e Cofins nos combustíveis foram zerados até o final deste ano, como medida para frear a escalada do preço do diesel e da gasolina.

Às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs uma prorrogação da isenção dos impostos por mais 30 dias, até o final de janeiro. É esta a medida que Haddad pediu que não fosse editada pelo governo federal.

A jornalistas, o futuro ministro disse que fez um pedido "genérico" ao governo atual, solicitando que nenhum imposto tivesse isenção prorrogada. "A resposta foi: 'Vamos nos abster de tomar decisões que impactam o próximo governo'", disse Haddad.

No Twitter, o atual ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, criticou o posicionamento do novo governo. "Quando o preço da gasolina aumentar em janeiro não adianta culpar nosso governo. O governo do PT optou pelo AUMENTO do preço dos combustíveis. A arrecadação bate recordes, melhor que aumentar ainda mais a arrecadação é reduzir o gasto", escreveu.