Fila no CRAS de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, para cadastramento e atualização de dados no CadÚnico
Fabiano Rocha/Agência O Globo
Fila no CRAS de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, para cadastramento e atualização de dados no CadÚnico

A fila de espera pelo  Auxílio Brasil voltou a crescer após as eleições presidenciais. O governo federal zerou os pedidos até outubro, mas abandonou os que entraram após o pleito, com isso, 127.948 foram consideradas elegíveis no programa de transferência de renda, mas ainda não vão receber o benefício em dezembro, que começa a ser pago nesta segunda-feira (12). A informação foi obtida pelo jornal Folha de São Paulo. 

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A promessa do Ministério da Cidadania era zerar a fila até o fim do ano. Em julho, haviam 1,569 milhão de pessoas esperando. Para aumentar suas chances nas eleições, o governo apressou a inclusão de beneficiários e incluiu mais 3,5 milhões de famílias. A quantidade de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil aumentou de 18,02 milhões em março deste ano para 21,13 milhões em outubro.

Essa pressa, no entanto, foi inimiga da perfeição. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o ingresso dessas pessoas no programa não foi acompanhado de análise técnica do governo, privilegiando famílias com apenas uma pessoa, em detrimento dos lares com crianças e adolescentes.

O parecer da equipe técnica, ao qual o jornal O GLOBO teve acesso, aponta pagamentos indevidos sob pretexto de zerar a fila, mas que, na verdade, ajudariam eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Pente-fino

A equipe de transição de governo na área econômica propôs ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a revisão de cadastros do Bolsa Família a partir de fevereiro. O  "pente-fino" vai mirar 4,9 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil que declaram que moram sozinhos.


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