Resolver os problemas econômicos do país deveria ser prioridade absoluta para o próximo governo para um quarto (25%) da população. O tema lidera as preocupações do eleitorado, seguido pela "busca de soluções para as questões sociais" (20%) e "para os problemas de saúde que enfrentamos" (16%), segundo a primeira rodada da pesquisa "O Brasil que queremos", da Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (8).
Entre os problemas a serem corrigidos, investir em políticas para gerar emprego e controle da inflação foram os mais citados, empatados tecnicamente com 24% e 23%, respectivamente.
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A diminuição dos impostos (18%) aparece como prioridade também, assim como a facilitação de crédito para pequenas e médias empresas (9%). Também foram citados o aumento de imposto dos mais ricos (8%) e controle das contas públicas (8%). A privatização de empresas recebeu 2% dos votos.
A população, no entanto, não está otimista que o próximo governo consiga solucionar essas questões nos primeiros 12 meses. Caiu de 75% para 48% quem dizia que a economia ia melhorar no próximo ano. Ao mesmo tempo, subiu de 6% para 29% o percentual de pessoas que acredita que a economia irá piorar.
A explicação para esse fato está nos eleitores que tiveram seu candidato derrotado nas eleições de 2022. Entre eleitores de Bolsonaro, o otimismo com a economia caiu de 81% para 30%.
Haddad na Fazenda
O principal cotado para comandar o Ministério da Fazenda em 2023 é o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. A pesquisa, no entanto, revelou que o nome é reprovado por 49% dos eleitores e aprovado por 36%, enquanto 14% afirmam não saber ou não responderam à pergunta da pesquisa. A informação foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de São Paulo.
A pesquisa revelou ainda que, dentro do eleitorado do PT, Haddad tem apoio de 60%, ante rejeição de 26%. A aprovação também é elevada dentro da parcela da população que ganha até dois salários mínimos e que moram no Nordeste: 46% e 42%, respectivamente.
Entre os eleitores que têm renda superior a cinco salários mínimos, o petista tem 59% de rejeição e 28% de aprovação. Outros 13% não responderam quando perguntados.
Já entre os que votaram no presidente Jair Bolsonaro (PL), a rejeição dispara a 80%, enquanto 12% apoiam e 8% não sabem responder.
Metodologia
O levantamento ouviu 2.005 pessoas em 120 municípios das 5 regiões do país entre os dias 2 e 6/dez. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%.