Lula quer PEC de R$ 198 bi, porém aceita negociar com o Congresso

"Se precisar ter um acordo, nós também sabemos negociar", disse o presidente eleito nesta sexta-feira (2)

Lula durante entrevista no CCSP nesta sexta-feira (2)
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Lula durante entrevista no CCSP nesta sexta-feira (2)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (2) que o Congresso deve aprovar a PEC da Transição, que deve financiar o pagamento completo do Bolsa Família de R$ 600 e abrir um espaço no teto de gastos.

O petista disse, no entanto, que estaria disposto a negociar com os parlamentares sobre o texto final da proposta. "Se precisar ter um acordo, nós também sabemos negociar", disse.

"Até agora não há sinal de que pessoas queiram mudar a PEC", afirmou. "O que me interessa é a PEC que nós mandamos, o Brasil precisa dessa PEC. Quem deveria ter colocado a quantidade de recursos no Orçamento era o atual governo", complementou Lula.

O próximo presidente citou outros programas sociais do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, para explicar a necessidade da proposta de emenda à Constituição.

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Lula também firmou suas expectativas sobre a PEC sobre os parlamentares. O futuro presidente citou suas conversas sobre a medida com o Presidente da Câmara, do Senado e de outras lideranças governamentais. "Eu espero que o Congresso Nacional, Câmara e Senado, tenham simplesmente sensibilidade e possam votar do jeito que nós queremos", disse.

A PEC da Transição prevê R$ 198 bilhões fora do teto de gastos, política constitucional que limita os valores gastos pelo governo. O texto apresentado foi realizado pelo senador e relator do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI) .

Lula participou de uma coletiva de imprensa nesta manhã no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCSP) em Brasília, local aonde estão sendo realizadas as reuniões da equipe de transição. O presidente eleito tocou em outros tópicos sobre o próximo governo durante seu discurso.  Mais cedo, o presidente eleito afirmou que o próximo ministro da Economia terá "a cara do sucesso" de seu primeiro mandato.