Senador Marcelo Castro (MDB-PI)
Roque de Sá/Agência Senado
Senador Marcelo Castro (MDB-PI)

O relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse na noite deste domingo (27) que o próximo governo "tranquilizaria a todos" se anunciasse o novo ministro da Fazenda , mas negou que a tramitação da PEC de Transição dependa do anúncio. 

"Não faço a menor ideia (de quando será o anúncio) e acho que as coisas podem ocorrer paralelamente. Há ansiedade por parte de todos em conhecer logo o ministro da Economia (sic) e o ministro do Planejamento", disse o parlamentar à CNN Brasil. 

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) foi convocado pelo partido para "facilitaria a articulação com o Congresso" em meio a especulações que o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, seria o nome que comandaria a pasta. 

Haddad participou na sexta-feira (25), em nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de um almoço com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, o que endossou ainda mais a aposta na escolha de seu nome. 

Em paralelo, falou-se de Pérsio Arida para a "dobradinha" com Haddad do Ministério do Planejamento. Castro comentou sobre o arranjo "Haddad-Arida" e disse que os nomes "teriam sido bem recebida pelo mercado".

Arida, no entanto, disse ao jornal Folha de São Paulo que não pretende assumir cargos em Brasília. 

Cheque em branco

Na semana passada, o senador Marcelo Castro se comprometeu em apresentar o texto final da PEC de Transição nesta terça-feira (29). Ontem, ele negou que a medida sirva como um "cheque em branco" para o novo governo. 

"[A PEC] Não é cheque em branco, não é farra de gastança. São ações que sem as quais o País não funciona", disse o parlamentar. Para ele, o Orçamento enviado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) é "absolutamente inexequível". "Estou preso com relação ao Orçamento da União porque fico na dependência da PEC".

Lula chegou à Brasília neste domingo para auxiliar na articulação do texto, que travou no Senado após parlamentares se sentirem excluídos da negociação.

Castro fez coro ao ex-ministro Nelson Barbosa, da equipe de Transição, e negou que os R$ 136 bilhões da PEC abririam um "rombo fiscal" , rebatendo as críticas do mercado. 

"Se nós colocarmos os mesmos 19% para o PIB 2023 evidentemente não haveria motivo para o mercado estranhar tanto. E esses 19% corresponderiam a R$ 136 bilhões. Alguns assessores fazem cálculos usando os 19% que chegariam a R$ 150 bilhões. A equipe de transição propõe R$ 175 bilhões. Então, não são números tão díspares, tão distantes que se possa ter um impacto no mercado diferente do que já tem hoje", afirmou. 

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!