Henrique Meirelles
Gabriella Collodetti/Ministério da Fazenda - 14.12.17
Henrique Meirelles

O ex- ministro da Fazenda Henrique Meirelles defendeu a realização de uma reforma administrativa. Ao participar do Lide Brazil Conference , em Nova York, nesta terça-feira (15), o economista afirmou que o projeto permitirá que o governo eleito consiga controlar despesas e banque, de maneira permanente, o Auxílio Brasil de R$ 600.

Para o ano que vem, Meirelles relatou que é preciso uma autorização do Congresso Nacional para que ocorra o pagamento do benefício. “O desafio é o que fazer depois”, alertou.

O economista, que trabalhou como secretário de Fazenda de São Paulo, usou a reforma administrativa feita no estado como exemplo para o futuro governo Lula. “É o que se precisa fazer no governo federal agora, mesmo que não se chame reforma administrativa, para não criar problema político”, comentou.

O ex-ministro da Fazenda relembrou que São Paulo cresceu economicamente mais do que o restante do país e aponta que isso ocorreu por causa das reformas feitas pelo governo João Doria. Na avaliação de Meirelles, ele relatou que o resultado tem sido “extraordinário”.

O economista destacou que diversas estatais no estado paulista foram fechadas, porque não tinham a necessidade de existir. Ele apontou que o governo federal tem uma estatal para cuidar da criação do trem-bala, projeto que nunca saiu do papel.

Meirelles e o Orçamento

O ex-ministro da Economia falou que é possível também equilibrar o orçamento com a revisão de benefícios fiscais. “Existe um campo enorme para fazer isso no governo federal”, comentou. “Com isso, podemos ter um Orçamento para os próximos anos que nos dá condições de crescer de uma forma sustentável”.

Por fim, Meirelles pediu que o governo Lula procure facilitar a vida dos empreendedores no Brasil, além de defender o investimento em infraestrutura. Na avaliação dele, isso permitirá o aumento de produtividade.

Lide Brazil Conference

A primeira edição do evento iniciou na segunda (14) no HCNY (Harvard Club of New York), nos Estados Unidos. O maior foco da reunião é discutir a liberdade, a democracia e a economia do país a partir do ano que vem.

O Lide Brazil conta com a presença de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do TCU (Tribunal de Contas da União)  e autoridades brasileiras, além de 260 empresários.

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