Após o período de pandemia, é possível notar o aumento de preços em itens básicos. Atualmente, um colaborador que recebe um salário mínimo chega a comprometer mais de 60% do seu ganho para a compra da cesta básica, segundo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pressão sobre o orçamento doméstico vem refletindo também na escolha profissional para uma vaga de emprego. De acordo com a Pesquisa de Profissionais Brasileiros, realizada pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos, 41% dos respondentes chegam a recusar uma oferta de emprego por remuneração insuficiente.
Confira a lista de motivos:
- Remuneração insuficiente: 41%
- Muito longe da minha residência: 28%
- Não gostei das atividades ou do conteúdo do trabalho oferecido: 14%
- Benefícios insuficientes: 7%
- Não oferecia plano de carreira: 5,5%
- Não tenho uma boa imagem da empresa: 3%
- Nível hierárquico inferior ao que eu ocupava anteriormente: 1,5%
O levantamento também apontou que, entre homens e mulheres, os motivos para a recusa da proposta são diferentes: A maioria das mulheres (34%) afirmam recusar propostas de emprego devido à distância entre o trabalho e a residência. Já para 41% dos homens, a escolha está atrelada ao lado financeiro. Para ambos, não gostar das atividades ou do conteúdo do trabalho aparecem em segundo lugar como motivo para recusa de um emprego (14% mulheres e 12% homens).
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Por outro lado, 32% dos entrevistados afirmam conseguir elevar a oferta inicial do contratante em 11 a 20%. Tal feito é conquistado por colaboradores em cargos diversos, são eles: analistas (40%), cargos operacionais (motorista, operador de máquinas, costureira - 21%) e consultores (15%). Outros 23% revertem a oferta de 1 a 10%, neste caso os assistentes (35%) são os principais responsáveis por conseguir um salário melhor.
Confira o ranking com as porcentagens de aumento de salário a partir da oferta inicial:
% de respondentes // % de aumento salarial
32% // 11% a 20%
23% // 1% a 10%
21% // 21% a 30%
10% // 31% a 40%
8% // 41% a 50%
6% // Mais de 50%
“A pesquisa revela os desafios do cenário econômico e também aponta para a forma como os profissionais vêm observando o real valor do seu trabalho, incluindo todos os investimentos feitos em estudos, fazendo com que o candidato peça o aumento da proposta salarial inicial feita pelas empresas durante o processo seletivo. Uma das estratégias adotadas é a revisão dos benefícios como meio de compor a remuneração total do colaborador, com destaque recente para ações focadas em saúde e bem-estar” comenta Carolina Tzanno, Gerente Sênior de Recursos Humanos da Catho.