Equipe de Lula quer tirar Bolsa Família do teto de gastos para janeiro

Líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, inicia as propostas de alteração do Orçamento para 2023

Lula em entrevista a rádio
Foto: Reprodução
Lula em entrevista a rádio

A equipe de Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) está se preparando para a retirada dos gastos com o benefício da regra do teto de gastos. A mudança poderia garantir verba para o pagamento completo de R$ 600, além do acréscimo de R$ 150 propostos pelo ex-presidente.

Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente Jair Bolsonaro, do PL, deixou para o próximo ano R$ 105 bilhões direcionados para o Auxílio Brasil, deixando o Orçamento de 2023 com um pagamento médio de R$ 400 para os beneficiários do programa, que deve voltar ao seu nome inicial de Bolsa Família.

Para bancar os R$ 200 de diferença prometidos durante a campanha, faltariam R$ 58 bilhões. 

São estimados, pelo partido, 8,8 bilhões de crianças aptas para receber o adicional do pagamento. Contudo, para a aplicação do benefício, seriam necessários R$ 18 milhões a mais do que o planejado para o próximo ano.

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Para iniciar os pagamentos adiantados do acréscimo por criança e manter o pagamento de R$ 600, a equipe de Lula pretende tirar o programa do teto de gastos, ficando assim o total para o Auxílio Brasil disponível para outras políticas sociais, como o Farmácia Popular e o Programa de merenda escolar.

Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito,  deve visitar Brasília nesta terça-feira (8) para discutir alguma possível alteração para a medida proposta.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT - MG), disse nesta segunda-feira (7) que as despesas relacionadas ao Bolsa Família devem ser retiradas do teto de gastos, lei que proíbe o crescimento de gastos maior do que a inflação do ano anterior.

O representante propõe que a proposta seja debatida nos próximos meses para a posse de Lula. "É uma forma de interromper o ciclo de pobreza, combinando um conjunto de programas", afirmou durante sua fala no plenário

"Os que votaram no Bolsonaro defenderam R$ 600. Os que votaram no presidente Lula defenderam R$ 600. Todos afirmaram que seria R$ 600. (…) É muito legítimo você tirar de qualquer regra fiscal, do passado ou do futuro, a transferência de renda (...) Você está dizendo que a lei de responsabilidade fiscal tem que levar em consideração as metas sociais. É o início de um debate sobre de combinar a lei de responsabilidade fiscal e metas sociais", disse o deputado.