Henrique Meirelle, ex-presidente do Banco Central, no Roda Viva
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Henrique Meirelle, ex-presidente do Banco Central, no Roda Viva

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles , criticou nesta sexta-feira (7) o "gasto é eleitoreiro" "disfarçado de social" promovido pelo Ministério da Economia por conta da campanha pra reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Na reta final para o 2º turno, o governo já incluiu mais 500 mil famílias no Auxílio Brasil, anunciou pagamento do 13º para beneficiárias do programa a partir de 2023 e ontem (6), reapresentou o programa de renegociação de dívidas da Caixa Econômica.

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"Gastos sociais são essenciais. Mas, neste caso, o gasto é eleitoreiro e está disfarçado de social por causa da campanha", escreveu Meirelles em uma rede social. 

Ele criticou as promessas feitas para o próximo ano e acusou o governo de ignorar a responsabilidade fiscal.

"Vamos aos fatos. O governo acelerou o gasto. Há cerca de R$ 158 bilhões que não se sabe de onde virão. No total, o rombo para 2023 pode ser de R$ 430 bilhões, de acordo com o FGV/IBRE", disse.

Segundo o economista, as ações eleitoreiras trarão consequências para o próximo governo.

"Como eu já disse antes, é preciso saber de onde virá o dinheiro. O dinheiro que agrada o eleitor e o político agora, provoca a crise no futuro. Este gasto excessivo vai provocar mais inflação, maior dívida, juros maiores e, no final, crescimento menor no futuro próximo", afirmou. 

"Está se falando pouco disso no mercado e no meio produtivo. Está se dando um cheque em branco ao governo neste aspecto", completou. 



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