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A dívida pública caiu em agosto pelo quarto mês seguido e atingiu 77,5% do PIB. O número foi divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Banco Central (BC). Em julho, a dívida estava em 78,2%.

Segundo o BC, os principais fatores para a diminuição do indicador foram os resgates da dívida e o crescimento do PIB.

Como o PIB é denominador da relação com a dívida, quando ele aumenta o resultado é a queda do indicador.

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Do lado contrário, os juros reduziram o tamanho dessa queda. Na semana passada, o BC decidiu encerrar o ciclo de alta da taxa básica de juros em 13,75%. Em março de 2021, a taxa estava em 2%.

No acumulado do ano, a queda é de 2,8 pontos percentuais (p.p). O indicador está em trajetória de queda desde fevereiro do ano passado, quando atingiu o pico histórico de 89%do PIB, impulsionado por gastos decorrentes do enfrentamento à pandemia.

Desde então, com a diminuição das despesas e vacinação, além de alta na arrecadação e da atividade econômica, a relação dívida/PIB começou a cair.

A projeção da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, a dívida deve chegar em 78,1% no final deste ano e subir para 80,2% em dezembro de 2023.

O indicador é acompanhado de perto pelo mercado porque mede a capacidade do país de pagar suas dívidas. O número engloba o resultado do governo federal, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais.

Déficit

O setor público consolidado registrou déficit de R$ 30,3 bilhões em agosto. No mesmo mês do ano passado, houve superávit de R$ 16,7 bilhões.

O resultado negativo ocorreu por conta do governo central, que teve déficit de R$ 49,8 bilhões. O superávit de R$ 18,5 bilhões dos estados e municípios e de R$ 970 milhões das estatais diminuiu o déficit geral.

No acumulado dos doze meses encerrados em agosto, o resultado ainda é positivo. O superávit nesse período foi de R$ 183,5 bilhões, ou 1,97% do PIB.

Com os resultados dos últimos meses, o governo prevê que as contas ficarão no azul neste ano.


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