A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) divulgou nesta segunda-feira (26) a projeção de crescimento para a economia mundial, e apontou redução na perspectiva para 2023. Segundo a organização, a economia global crescerá 2,2% no próximo ano.
A justificativa para a redução é a aumenta dos juros pelo mundo para conter a inflação, além do recrudescimento da invasão russa à Ucrânia.
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"Uma perda de estímulo econômico é visível a nível mundial, mas em particular na Europa", afirmou a OCDE, que manteve inalterada a previsão de 3% de crescimento mundial para 2022.
O relatório Pagando o preço da Guerra" reduziu em 1,3 p.p a previsão da economia na zona do euro para 2023. A Alemanha se destaca, com recessão de 0,7% no próximo ano, segundo a previsão.
O G20 deve crescer no mesmo ritmo da economia global (2,2%). Neste grupo, a OCDE diminuiu em 1,5 ponto a previsão para a Argentina, que deve crescer 0,4% no próximo ano, depois de um avanço calculado em 3,6% para 2022 (sem alteração) e de 10,4% em 2021.
Brasil
Para o Brasil, a OCDE manteve a previsão de crescimento de 2,5% para 2022. Já para o próximo ano, a expectativa de alta no PIB (Produto interno Bruto) caiu de 1,2% para 0,8%.
A previsão vem em linha com o mercado financeiro, que, segundo o Boletim Focus desta segunda (26), estima alta de 2,67% em 2022 e 0,5% em 2023.
Alimentos
O conflito na Ucrânia deve continuar afetando os preços da energia e dos alimentos. A OCDE elevou a previsão de inflação mundial para 8,2% em 2022 e 6,6% em 2023.
"As pressões inflacionárias são cada vez mais generalizadas, com o aumento dos custos da energia, transportes e outros que são transferidos para os preços", destaca a organização.