Guedes diz que '33 milhões de pessoas passando fome é mentira'

Ministro afirma que o poder de compra dos brasileiros está preservado com a ajuda de programas de benefícios

Paulo Guedes, ministro da Economia
Foto: Washington Costa/ASCOM ME
Paulo Guedes, ministro da Economia

Paulo Guedes questionou, nesta quarta-feira (21) dados sobre insegurança alimentar no Brasil. Durante o evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o ministro da Economia afirmou que o governo está transferindo renda para os mais vulneráveis a partir do Auxílio Brasil.

"33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, 3 vezes mais do que recebiam antes", disse Guedes. Durante sua fala, ele volta a mencionar os programas criados pelo governo para dizer que o poder de compra está "preservado", e que o valor pago hoje é três vezes maior do que os programas de governos anteriores. 

Os dados mencionados pelo ministro foram levantados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN) e cobre o período de pandemia da Covid-19 no país. A pesquisa, divulgada em julho, mostra que há 125 milhões de pessoas em insegurança alimentar em grau leve a moderado no Brasil e mais de 33 milhões em situação de insegurança alimentar grave.

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Durante seu discurso, ele afirmou que "a flexibilização do teto que nós fizemos, fomos criticados, mas o teto foi mal construído. O teto é pra evitar que o Governo Federal continuasse inchando. O Brasil foi feito de cima pra baixo. Lá em cima tem que ter menos dinheiro".

Guedes também citou as discordâncias entre os poderes Legislativo e Judiciário para explicar as dificuldades de acordos sobre a aconomia. Ele também pediu para que a população focasse nos "fatores econômicos" ao invés da política.  

Jair bolsonaro também questionou estes dados levantados durante uma entrevista a rádio Jovem Pan em agosto. O candidato a reeleição disse "Alguém vê alguém pedindo pão no caixa da padaria? Você não vê, pô. Tem gente que passa mal sim, quem porventura está na linha da pobreza".