Governo eleva previsão de alta do PIB em 2022 e reduz estimativa de inflação
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Governo eleva previsão de alta do PIB em 2022 e reduz estimativa de inflação

O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (15) a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2% para 2,7%, paralelamente, reduziu a estimativa de inflação de 7,2% para 6,3%.

Os dados mais otimistas são reflexo dos resultados acima do esperado no 2º trimestre do ano, em que o PIB registrou alta de 1,2% .

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

Os números foram divulgados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, por meio do boletim Macrofiscal.

As projeções do último Relatório Focus são de crescimento de 2,39% em 2022 e 0,5% em 2023. O boletim é formulado por mais de 100 instituições financeiras e compilado pelo Banco Central (BC).

O BC divulgou nesta quinta (15) o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), de julho, que apontou crescimento de 1,17% no mês.

De acordo com o chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, Rogério Boueri, o otimismo deve-se a "pujança" do mercado de trabalho, com o desempenho do setor de serviços e dos investimentos.

"Espera-se continuidade do crescimento da atividade ao longo deste segundo semestre. As primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho continuam crescendo", informou o Ministério da Economia, em nota.

Ele também criticou os analistas que projetam para baixo os números do PIB.

"O ritmo de crescimento do PIB tem surpreendido a todos. Não é correto afirmar que o Ministério da Economia tem sido otimista, nós também temos subestimado o crescimento da atividade econômica, embora menos do que o mercado", disse Boueri.

Quanto à inflação, o secretário atribuiu a redução na expectativa aos sucessivos cortes de impostos promovidos pelo governo federal. 

"Essa redução se deve à inflação abaixo do esperado nos últimos meses e reflete principalmente a redução dos preços monitorados como combustíveis", disse Boueri, acrescentando:

"Observamos também uma certa estabilização da inflação de serviços e de alimentação no domicílio. Deve se ressaltar que a nossa projeção estava abaixo das projeções de mercado."

2023

A SPE manteve em 2,5% a expectativa de alta no PIB do ano que vem, apesar da projeção mais tímida do mercado. 

Para 2023, a estimativa de inflação do governo ficou estável em 4,5%, superando o centro da meta, mas dentro do teto. A meta para o ano que vem é 3,25%, podendo variar 1,75% a 4,75%.

Para o mercado financeiro, a inflação oficial somará 6,40% neste ano e 5,17% em 2023.




    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!