Abobrinha foi o titem que mais caiu no mês
Giovanna Araújo Ragano
Abobrinha foi o titem que mais caiu no mês

Pelo segundo mês, o país deve registrar deflação. Em julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu 0,68% , menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. Em agosto, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação,  apontou queda de 0,73%.

O recuo no índice geral de preços reflete tanto os impactos da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre energia elétrica e combustíveis, quanto a diminuição dos preços da gasolina e do diesel praticados pela Petrobras.

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Somente a gasolina teve seu preço reduzido três vezes nas refinarias, sendo que a última delas começou a valer no dia 16 de agosto. No dia 20 de julho, o preço da gasolina passou de R$ 4,06 para R$ 3,86; no dia 29 de julho, foi de R$ 3,86 para R$ 3,71. No último dia 16, caiu de R$ 3,71 para R$ 3,53.

A queda dos combustíveis foi acompanhada por alimentos importantes da cesta do brasileiro que também tiveram quedas relevantes, como o tomate e a batata-inglesa.

Veja a lista:

  • Abobrinha: -17,89%
  • Gasolina: -16,8%
  • Tomate: -15,04%
  • Morango: -14,12%
  • Batata-inglesa: -13,37%
  • Passagem aérea: -12,22%
  • Maracujá:-11,31%
  • Etanol: -10,78%
  •  Pepino: -10,74%
  • Repolho: -10,36%
  • Carne de carneiro: -9m79%
  • Açaí (emulsão) -9,07%
  • Cenoura: -8,64%
  • Flores naturais: -8,27%
  • Coentro: -6,32%
  • Alface: -5,97%
  • Gás veicular: -5,4%
  • Pimentão: -4,93%
  • Couve: -4,83%
  • Brócolis: -4,69%
  • Goiaba: -4,39%
  • Feijão-preto: -3,84%
  • Feijão-carioca: -3,56%
  • Couve-flor: -3,49%
  • Energia elétrica residencial: -3,29%

Em 12 meses o acumulado de alguns itens ainda pesa. A cebola, por exemplo, tem alta de 80% e o leite longa vida de 70%. 

Veja os itens que mais subiram em 12 meses:

  • Mamão: 85%
  • Cebola: 80%
  • Passagem aérea: 75%
  • Melancia: 71%
  • Leite longa vida: 69%
  • Melão: 63%
  • Óleo diesel: 58%
  • Café moído: 53%
  • Tangerina: 49%
  • Transporte por aplicativo: 48%
  • Morango: 44%
  • Manga: 39%
  • Batata inglesa: 39%

Em agosto, houve variações positivas em seis dos nove grupos pesquisados. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes (-5,24%), que contribuiu com -1,15 ponto percentual (p.p.) no índice do mês.

Além disso, também houve recuo nos preços dos grupos Habitação (-0,37%) e Comunicação (-0,30%). No lado das altas, a maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (1,12% e 0,24 p.p.). Destacam-se, ainda, os grupos Saúde e cuidados pessoais e Despesas pessoais. Ambos subiram 0,81% e contribuíram conjuntamente com 0,18 p.p. para o IPCA-15 de agosto. Os demais grupos ficaram entre o 0,08% de Artigos de residência e o 0,76% de Vestuário.  

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,12%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%), maior impacto individual positivo no índice do mês (0,14 p.p.). No ano, a variação acumulada do produto chega a 79,79%. Outros destaques no grupo foram as frutas (2,99%), que também haviam subido em julho (4,03%), o queijo (4,18%) e o frango em pedaços (3,08%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,24% em agosto.


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