Jair Bolsonaro foi o primeiro entrevistado da série de sabatinas do Jornal Nacional
Reprodução/TV Globo - 22.08.22
Jair Bolsonaro foi o primeiro entrevistado da série de sabatinas do Jornal Nacional

Ao contrário do que o presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista ao Jornal Nacional, os partidos de oposição não se manifestaram contra a elevação do Auxílio Brasil para R$ 600. A oposição questionava o mecanismo usado pelo governo, que elevaria o gasto com o programa social criando um estado de emergência no país para driblar regras fiscais e eleitorais.

Mas foram dois partidos da oposição na Câmara dos Deputados – PSOL e PSB – que propuseram alterações no texto para tornar o pagamento dos R$ 600 permanentes e que foram rechaçadas pela base governista.

O PSB e o PSOL sugeriram mudanças no texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) Eleitoral que retirariam a delimitação temporal para o pagamento do Auxílio de R$ 600. Ou seja: ao retirar o prazo de cinco meses ou o período que limitava a ampliação do benefício a data de 31 de dezembro, abririam espaço para o benefício ser permanente.

"Nós queremos um programa permanente, com orçamento, com receita. Queremos um programa permanente de 4 anos e queremos que o piso da transferência de renda seja de 600 reais, mas para aquela família que mora com os avós e para aquela família que tem 3 ou 4 filhos, esse valor tem que ser piso, e não teto", afirmou o líder do PT, Reginaldo Lopes (PT-MG), durante a sessão.

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O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), no entanto, orientou que os deputados rejeitassem as mudanças.

"Nós estamos pedindo, neste momento, nesses destaques, um olhar para a responsabilidade fiscal, para o momento em que devemos discutir este tema de manter o valor do Auxílio Brasil mais elevado, portanto, fora da emergência, porque tornar o programa permanente seria tornar a emergência permanente, o que não é razoável, e a discussão disso dentro da perspectiva da responsabilidade fiscal, dos limites orçamentários, da nossa capacidade de atender o anseio da população brasileira e, especialmente, de ampliar o acesso das pessoas ao Auxílio Brasil", declarou Barros na sessão que aprovou a PEC.

Os dois destaques foram rejeitados e a PEC Eleitoral foi aprovada sem previsão de manutenção do valor de R$ 600 para além de dezembro.


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