Governo quer privatizar Petrobras, mas estudos devem demorar mais três anos
Bruno Gall De Blasi
Governo quer privatizar Petrobras, mas estudos devem demorar mais três anos

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, admitiu que os estudos para a privatização da Petrobras devem durar mais três anos. A declaração foi dada nesta quinta-feira (4) e um evento promovido pela XP Investimentos, em São Paulo (SP).

Segundo Sachsida, o processo é complexo e ainda está em fase inicial de avaliação. O ministro deu a entender faltar unanimidade em privatizar a estatal no meio político ao dizer que uma democracia depende do 'consenso'.

"Nós estamos estudando [enviar o projeto de lei para privatização da Petrobras este ano], mas um projeto desse tamanho, você tem que ter muita segurança para gerar competição. E, acima de tudo, em uma democracia se avança em consensos", afirmou.

Quando assumiu, em março deste ano, Sachsida enviou um pedido de estudos para privatização da PPSA e da Petrobras. Ambos foram atendidos pelo governo federal.

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A medida, porém, enfrenta forte resistência no Congresso Nacional. Deputados e senadores apontam a importância política e econômica da Petrobras para o país, principalmente no pagamento de dividendos à União.

Sachsida ainda cobrou as privatizações de refinarias. Até o momento, apenas a refinaria da Bahia. A venda da Remam (AM) ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Por exemplo, a parte de refino dá para a Petrobras começar a avançar e vender essas refinarias. Vamos fazer o que é possível", afirmou.


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