O mercado elevou sua projeção de inflação para 2023 pela 17ª semana seguida, mostra o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (1º). A expectativa dos bancos e corretoras subiu de 5,30% para 5,33%.
Para este ano, a projeção foi novamente rebaixada de 7,30% para 7,15%, refletindo os cortes de impostos e o teto para ICMS cobrado sobre combustíveis. Ainda assim, tanto este ano como em 2023, as taxas de inflação estão acima da meta estipulada.
Em 2022, a meta é de 3,50% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p), ou seja, teto de 5% e piso de 2%. Já para 2023, a meta é de 3,25%, piso de 1,75% e teto de 4,75%.
A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, permaneceu a mesma para 2022, em 13,75%, apesar de alguns analistas já esperarem que a taxa chegue no patamar de 14% neste ano.
Já para o ano que vem, se elevou para de 10,75% para 11%, sinalizando que o mercado espera juros mais altos por mais tempo.
As informações do Focus devem ser analisadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne nesta semana para fazer uma nova decisão sobre a Selic. A expectativa é que a trajetória de alta continue e a taxa chegue a 13,75% ao ano.
Crescimento
Já as expectativas de crescimento do PIB para este ano vêm aumentando. Há quatro semanas, era de 1,51%, e chegou a 1,97% nesta segunda-feira. As elevações refletem o impacto da PEC Eleitoral, que deve injetar R$ 41,2 bilhões na economia.
Para 2023, no entanto, as expectativas vem sendo rebaixadas. Há quatro semanas, a perspectiva de crescimento era de 0,50%. Já nesta semana, chegou a 0,40%. A PEC traz efeitos negativos duradouros com mais pressão na inflação e nos juros.