Após o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, ter pedido demissão nesta segunda-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que vinha defedendo a saída do executivo, usou as redes sociais para dizer que "não há o que comemorar" em relação aos recentes acontecimentos relacionados à estatal.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram
e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
O governo já havia decidido pela saída de Coelho do comando da petroleira e indicado o o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para o cargo. A nomeação, porém, ainda dependia de processos burocráticos.
As pressões sobre o presidente da Petrobras aumentaram nos últimos dias, após a estatal anunciar um novo reajuste nos preços dos combustíveis na última sexta-feira (17). Na ocasião, o diesel e a gasolina subiram 14,26% e 5,18%, respectivamente, nas refinarias.
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo no domingo, Lira chamou José Mauro Coelho de "presidente ilegítimo" e o acusou de praticar "terrorismo corporativo" contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Deputados e senadores articulam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a política de preços e os lucros da Petrobras.
Nesta segunda, Lira se reúne com líderes dos partidos na Câmara para discutir o que será colocado em votação.
Agora, pelo Twitter, o parlamentar disse que a renúncia de Coelho é uma situação em que "não há vencedores, nem vencidos".
"Não há o que comemorar nos fatos recentes envolvendo a Petrobras. Não há vencedores, nem vencidos. Há só o drama do povo, dos vulneráveis e a urgência para a questão dos combustíveis", publicou.
"A hora é de humildade por parte de todos, hora de todos pensarem em todos e de todos pensarem em cada um. A intransigência não é o melhor caminho. Mas não a admitiremos. A ganância não está acima do povo brasileiro", finalizou.