Lula e Ciro criticam Bolsonaro e política da Petrobras após reajuste
Pré-candidatos à Presidência afirmam que Bolsonaro é refém de acionistas internacionais
Os pré-candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT), criticaram nesta sexta-feira (17) o presidente Jair Bolsonaro após o anúncio de reajuste da Petrobras de 5,18% no preço do litro da gasolina e de 14,35% no diesel. Os presidenciáveis também questionaram a política de preços em paridade internacional, adotada pela empresa em 2016.
"Por que impor um preço internacional a um produto nacional? Isso é perda de soberania", questionou Lula, em Alagoas, adicionando: "A gasolina do Bolsonaro, que ele disse que iria baixar, já anunciaram um novo aumento. Ele inventou que a solução é reduzir o ICMS, mas tudo que ele vai fazer é diminuir o dinheiro da educação e da saúde nos estados".
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Ciro também atacou o PLP 18, que limita o ICMS a 17% em combustíveis e outros bens essenciais. O texto foi aprovado no Congresso e aguarda sanção presidencial.
"A mentira de Bolsonaro foi desmascarada: ICMS não aumenta preços dos combustíveis. Sua frouxidão também: se esconde, tremendo, atrás de Lira para tentar resolver a crise da Petrobras. Fora, seu frouxo!", publicou o pedetista em rede social.
Segundo Ciro, a perda de arrecadação provocada pelo projeto fará com que a população seja duplamente punida, porque terá menos verba para educação e saúde junto com preços altos de gasolina, diesel e gás.
De acordo com cálculos da CNM (Confederação Nacional de Municípios) o teto do ICMS causará uma perda anual de cerca de R$ 80 bilhões para Estados e municípios.