Após reajuste, Lira cobra renúncia imediata do presidente da Petrobras

Presidente da Câmara está insatisfeito com José Mauro Coelho, indicado por Bolsonaro

Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Lira cobra a renúncia do presidente da Petrobras

Em reposta ao aumento do preço dos combustíveis, o presidente da Câmara, Arhur Lira (PP-AL), cobrou a renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho. O executivo já foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas até agora não deixou o cargo por conta dos trâmites internos da estatal. Para seu lugar, o governo escolheu Caio Paes de Andrade.

"O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa - o Brasil - e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país", disse o chefe da Câmara, pelas redes sociais.

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Após uma reunião do Conselho de Administração convocada em meio a um feriadão prolongado, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (16) novo reajuste nos preços dos combustíveis. A partir de amanhã, a gasolina vai subir nas refinarias de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, um aumento de 5,18%. Com o diesel, o preço por litro terá alta de R$ 4,91 para R$ 5,61, o que equivale a a um reajuste 14,25%.

Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado/7-10-2019
José Mauro Ferreira Coelho, presidente da estatal

"Ele (José Mauro Coelho) só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!! Pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo", afirma. 

Para trocar a presidência da Petrobras é necessário que ele renuncie ou seja convocada uma assembleia de acionistas (que demora 30 dias para ocorrer após a convocação). Para essa convocação, um dos conselheiros também poderia renunciar, o que não deve ocorrer.

José Mauro já avisou que não irá renunciar. 

Lira já disse que irá convocar uma reunião de líderes para mudar a Petrobras.

O presidente da Câmara também acompanha as ações da Petrobras em Nova Iorque, que desabam 4,26% nesta sexta-feira (17). 

"Prova maior da inconsequência corporativa de agir contra todo um país e o acionista controlador?", indagou, complementando: "Esse é um dos números do desastre provocado pela atual gestão contra o Brasil, os brasileiros e a própria Petrobras. Saia daí, saia já! Esse lugar não é seu. É do Brasil", declarou.