Sindicalistas vão às ruas na próxima terça-feira, dia 14, contra o aumento do custo de vida e a alta dos juros. Protestos estão marcados para acontecer em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP) e devem se espalhar para outras capitais do país, segundo a Força Sindical.
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"Voltamos a uma situação que há muito tempo não víamos. A ideia da manifestação é chamar atenção da sociedade. Estamos vendo trabalhador que ganha até três salários mínimos perder um terço pra inflação", afirma o presidente da entidade, Miguel Torres.
Ele acrescenta: "todas as Centrais participarão com seus filiados. Queremos Sindicatos e Federações presentes, com faixas e bandeiras. Também massificaremos nas redes sociais a fim de demonstrar essa preocupação".
Para o secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Ronaldo Leite, o aumento da Selic e do custo de vida impactam diretamente a população, principalmente a mais pobre.
"Convocamos o ato pra 14 de junho por ser o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. E, ao que tudo indica, vão aumentar novamente a taxa básica de juros", alerta ele.
"Em São Paulo, [a manifestação] será na Avenida Paulista. Nos outros Estados, ainda estamos discutindo. Mas a ideia é que outras Capitais realizem também. Queremos promover um Dia de Luta contra a carestia e os juros altos", conclui.
A prévia da inflação (IPCA-15) do país ficou em 0,59% em maio, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado do ano, subiu 4,93%. Já em 12 meses, acumula alta de 12,20%.
O aumento da taxa básica de juros, definido pelo Comitê de Política Monetária e previsto para a próxima terça, é uma tentativa de controlar a inflação. Juros mais altos tornam empréstismos e financiamentos mais caros, e isso inibe o consumo, reduzindo os preços.
Atualmente, a Selic está em 12,75%.