O ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a agenda econômica do governo Jair Bolsonaro (PL) e acusou o ministro Paulo Guedes de tentar "vender até os tapetes do Palácio do Alvorada". A declaração foi dada na quarta-feira (1º), em evento de lançamento de seu livro em Porto Alegre (RS).
Lula afirmou que o governo não pensa em "desenvolvimento" e que Bolsonaro distribui armas em vez de livros.
"O seu Guedes está tentando vender até os tapetes do Palácio da Alvorada, até os tapetes do Palácio do Planalto porque eles não sabem falar da palavra desenvolvimento, da palavra crescimento. Não sabe falar de educação, de cultura. Não sabe falar nada do que precisamos. É um homem que distribui armas quando este País está precisando de livros", disse.
Ao comentar a privatização da Eletrobras, Lula afirmou que a medida irá prejudicar a distribuição de energia elétrica e programas sociais como o Luz Para Todos. O petista ainda insinuou que poderá barrar a venda da estatal se eleito.
"Se a gente deixar privatizar a Eletrobras, as empresas não vão tomar conta apenas do preço da energia, vão tomar conta da água dos nossos rios. Nunca mais haverá um programa como o Luz para Todos", afirmou.
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"Quem quiser se meter a comprar a Petrobras, quem quiser se meter a comprar a Eletrobras, se prepare. Porque vai ter que conversar conosco depois das eleições do dia 2 de outubro", completou.
Política de preços da Petrobras
Lula ainda comentou a alta no preço dos combustíveis e culpou o governo Bolsonaro pelo preço atual da gasolina e diesel. O presidenciável criticou a atual política de preços da Petrobras e afirmou que pretende mudar as regras para definição dos valores.
O petista já declarou que deverá adotar o modelo antigo de preços, que considera o custo de produção da gasolina no país. Atualmente, a Petrobras considera a volatilidade internacional.