Presidente do BC vê possibilidade de desemprego abaixo dos dois dígitos no fim de 2022
Reprodução: iG Minas Gerais
Presidente do BC vê possibilidade de desemprego abaixo dos dois dígitos no fim de 2022

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (31) que está começando a falar em um nível de desemprego abaixo dos dois dígitos neste ano. Campos Neto participou de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Campos Neto estava comentando o índice de desemprego do IBGE divulgado nesta terça-feira (31), que mostrou recuo para 10,5%.

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"Hoje tivemos um dado de mercado de trabalho que saiu pela manhã, uma surpresa bastante positiva, a parte de desemprego, quando a gente olha o trimestre deu 10,5%, com ajuste sazonal. A gente tá começando a falar que o desemprego esse ano vai ser abaixo de dois dígitos, lembrando que antes da pandemia estava em 12%, então a gente já tá num nível de desemprego bem melhor que antes da pandemia", apontou.

O presidente do BC ressaltou que a renda não acompanhou esse aumento, mas que a geração de emprego nos últimos meses foi “surpreendente”.

"A gente tem gerado mais emprego com renda menor, então quando você pega a massa salarial, número de empregos versus quando cada um cada, gerou mais empregos com renda menor com massa salarial mais ou menos estável", disse.

Atividade

Ainda durante a audiência, Campos Neto disse que o Brasil é um dos únicos casos no mundo em que os economistas têm revisado para cima suas expectativas de crescimento.

"A gente teve reuniões com economistas e a média dos economistas de mercado já tá entre 1,5% e 2%, em todos os outro países a projeção de crescimento para 2022 tem sido de queda, pior do que era de 2, 3 meses atrás", disse.

Repercutindo o resultado fiscal divulgado nesta terça-feira pelo BC e a queda na relação dívida/PIB, Campos Neto afirmou que a performance fiscal no curto prazo é positiva.

"A gente tá falando de chegar numa dívida bruta muito perto de antes da pandemia. Imaginar que o governo fez um programa enorme, gastou quase 9,5% do PIB e depois da pandemia chegou em um nível de dívida muito parecida com o que tava antes mostra esforço fiscal que foi feito", disse.

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